Com a alta do Dólar, os frigoríficos tem preferido exportar a carne para o exterior, com a conivência do Ministério da Economia.
Na próxima vez que for ao supermercado, você provavelmente pagará mais caro pela carne. É que (após ter subido 18% em 2020) o preço da carne pode subir ainda mais. Nem a queda de consumo causada pelo fim do auxílio emergencial conseguiu fazer os preços caírem.
E isso ocorre porque a inflação continua a pressionar os preços da carne no atacado. Com isso, a cotação da arroba bovina tem atingido preços recordes. Na segunda- feira passada, o preço da arroba chegou a R$ 301,50, um recorde histórico, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea Esalq/USP).
Só neste ano, a inflação fez a arroba bovina subir 13%. A alta tem sido provocada pela falta de política econômica do governo federal, que tem deixado o mercado livre para agir no meio de uma crise mundial. O Ministério de Guedes não tem adotado nenhuma medida no sentindo de formar estoques reguladores para conter o aumento da inflação do alimento.

Com a alta do Dólar, os frigoríficos preferem vender a carne para outros países. Isso faz com que os estoques brasileiros caiam e preços aumentem no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), no ano de 2020, o Brasil exportou 1,84 milhão de toneladas, um aumento de 9% em relação ao ano de 2019.
Desse montante, 780 mil toneladas foram exportadas apenas para a China, onde a recuperação econômica aumenta a demanda por proteínas animais.
Como os estoques brasileiros continuam baixos e a tendência do Dólar é subir ainda mais, é bem provável que os frigoríficos sigam exportando cada vez mais. Dessa forma, a tendência é que os preços da carne nos supermercados brasileiros continuem a subir. E o céu é o limite.
Com informações do Extra.